domingo, 7 de junho de 2009

Uma mão lava a outra...

Um dia, daqui a uns 100 anos, as pessoas olharão para o passado e dirão o quanto atrasados éramos em 2009. Claro que algumas vozes distoantes eram capaz de ver o absurdo inaceitável no qual estavamos inseridos. O absurdo que existe no Brasil, nos dias de hoje, que afronta a inteligência e a capacidade de o brasileiro de se revoltar é a atual ingerência política nas instituições públicas... Vamos novamente ao mesmo tema!



Lendo a revista "Isto é" de 3/06/2009 me deparei com uma matéria falando sobre uma possível privatização da Polícia Federal. Notícia estarecedora para um brasileiro que admira o trabalho dessa instituição, pior ainda por envolver o nome de uma pessoa que recusou 1 milhão em propina, no caso o delegado da referida polícia, Protógenes de Queiroz.



Quem se recusa a rerceber 1 milhão de reais de propina para deixar de indiciar um banqueiro, não pode ser uma pessoa desonesta, a não ser que esteja ganhando muito mais para isso, o que ocasionaria notórios sinais exteriores de riqueza.


A matéria fala que um juiz chamado Ali Mazloum concedeu um mandado de busca e apreensão para a casa do Delegado Protógenes, visando investigar se o mesmo tem ligações excusas com empresas privadas. O que me chamou atenção não foi o que a matéria falou, pois eram acusações fracas e superficiais... O que me chhamou atenção foi esse nome... Ali Mazloum... Fiquei alguns minutos tentando me lembrar onde havia ouvido este nome. Faça um esforço de memória para ver se você lembra deste juiz.

Bom, caso você não lembre, eu posso lembrá-lo. Operação Anaconda.

17/12/2004 - 08h28 Entenda a Operação Anaconda deflagrada pela Polícia Federalda Folha Online
Saiba mais sobre a Operação Anaconda, deflagrada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal para investigar uma suposta quadrilha especializada em venda de sentenças judiciais.
INÍCIO
Denúncia recebida em Alagoas deu início, há pouco mais de dois anos, à investigação da Polícia Federal e da Procuradoria da República. A Justiça de Maceió autorizou escutas para apurar esquema com a participação de policiais e juízes.
INVESTIGAÇÕES
A gravação de conversas telefônicas permitiu identificar organização criminosa com base em São Paulo e ramificações no Pará, em Alagoas e no Rio Grande do Sul.
DENÚNCIA
Em 13 de outubro de 2003, o Ministério Público Federal ofereceu quatro denúncias ao Tribunal Regional Federal de São Paulo contra juízes, advogados, empresários e policiais (na ativa e um aposentado). Foram requeridos 15 mandados de busca e apreensão. Em 19 de dezembro do mesmo ano, o TRF aceitou as denúncias do Ministério Público e afastou os juízes e irmãos Ali e Casem Mazloum e manteve a prisão do juiz João Carlos da Rocha Mattos, preso desde novembro do ano passado. Até agora, a operação já produziu 16 denúncias, 11 delas recebidas pela Justiça criminal.


Em 12 de setembro de 2006 temos a seguinte notícia...


Processo extinto. Ali Mazloum não vai responder por abuso de poder. Está extinta a ação penal contra o juiz federal Ali Mazloum pelo crime de abuso de poder. A decisão, unânime, é da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal. A Turma aceitou os argumentos da defesa do juiz federal de ausência de justa causa na instauração do processo no Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Ele é acusado de ameaçar policiais rodoviários. A denúncia foi baseada apenas em um relatório produzido por um policial. Com a decisão, ele foi inocentado de todas as acusações que pesavam contra ele desde o epísódio da Operação Anaconda.Os advogados de Ali Mazloum afirmaram que a denúncia é inepta, porque não deixa claro quais trechos da conversa entre o policial e o juiz caracterizariam o crime de abuso de poder. No dia 8 de agosto do ano passado, o ministro Gilmar Mendes, relator do pedido de Habeas Corpus, já havia concedido liminar para suspender a ação penal contra o juiz federal.No julgamento do mérito, o ministro votou pela confirmação da liminar. Gilmar Mendes afirmou, preliminarmente, que o STF tem entendido que “algumas condutas podem até ser moralmente ou funcionalmente reprováveis, mas assumem o caráter de mera regularidade administrativa e não se justifica a propositura de ações penais”.HC 86.395

OPAAAAA!!! QUEMMMM????? Gilmar Mendes? Eu também me lembro que todos os problemas de Protógenes de Queiroz começaram quando o Ministro Gilmar Mendes foi informado pela amiga e desembargadora Suzana Camargo sobre escutas em seu gabinete. Quem se lembrar quem foi acusado de espionar o referido ministro ganha um Habeas Corpus! Isso mesmo... Protógenes de Queiroz...
Bom, com isso, solicitos as escassos leitores que escutem a música abaixo e reflitam sobre a nossa passividade diante da demonstração clara de afronta a nossa inteligência!



Nenhum comentário:

Postar um comentário